Cavaleiro Monge
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por casas, por prados
Por quinta e por fonte
Caminhais aliados
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por penhascos pretos
Atrás e defronte
Caminhais secretos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de somra
Cavaleiro monge
Por plainos desertos
Sem ter horizontes
Caminhais libertos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por ínvios caminhos
por rios sem ponte
Caminhos sozinhos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por quanto é sem fim
Sem ninguém que o conte
Caminhais em mim.
Fernando Pessoa

Ando com este poema na cabeça, e com ele vem uma imagem...Infelizmente não tenho nenhuma no computador que se assemelhe. Imaginem um homem com uma capa, não se vê a sua cara. É de noite e ele cavalga a toda a velocidade montado num cavalo preto. Aproxima-se uma tempestade, ele cavalga por todos os tipos de paisagem. A sua capa ondula com o vento. Cada vez mais rápido. Sem nunca se aperceber se foge de algo ou se o tenta alcançar...
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por casas, por prados
Por quinta e por fonte
Caminhais aliados
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por penhascos pretos
Atrás e defronte
Caminhais secretos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de somra
Cavaleiro monge
Por plainos desertos
Sem ter horizontes
Caminhais libertos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por ínvios caminhos
por rios sem ponte
Caminhos sozinhos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por quanto é sem fim
Sem ninguém que o conte
Caminhais em mim.
Fernando Pessoa

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